Deep Blue


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Aonde foi parar a fé?

Hoje acordei meio sem fé. Fé, sabe? Aquela coisa teoricamente inabalável que nos faz crer em tudo de olhos fechados. Eu até tentei fechar os olhos, mas um deles se abriu, assim, meio em dúvida, tentando, de repente, compreender de onde veio toda aquela fé cristalina de ano novo. Sumiu. Tenho aproximadamente doze horas para reencontrá-la e começar 2012 com a fé inteira cravada no peito, sem sombras. Só luz. Mas afinal, o que aconteceu comigo? Seria esse tempo chuvoso que me impede de ver a luz do sol que 2012 prometeu deixar brilhar? Seriam os fantasmas de 2010 e 2011 assombrando meus sonhos coloridos e tentando me contar que eu deveria deixar de ser louca? Por que eu não tinha medo de sonhar quando ainda estava “nos vinte”? Quem levou embora a minha fé? De repente, o medo contradiz tudo que foi dito nos textos anteriores. O medo diz que sou louca, querendo sonhar assim, de olhos fechados, com as mudanças de 2012. O medo diz que eu sou adulta demais para ser tão irracional assim. E ri da minha cara.

Vamos voltar ao mês de outubro. Tive uma oportunidade de emprego e a agarrei com muito medo. Eu deveria confiar mais no meu sexto sentido. Ele funciona na maioria das vezes. Eu disse para todo mundo que era uma bela oportunidade que esperei minha vida inteira. Sorri sabendo que tinha algo muito errado naquilo tudo. Não confiei no meu instinto e acabei quebrando a cara. No meio daquela angústia toda, comprei “O Segredo”. Sabe aquela sensação de acordar sentindo angústia avassaladora por conta da rotina do seu emprego? Sabe aquele calafrio que você sente quando está se aproximando do local de trabalho e inventa mil desculpas para postergar a sua entrada no recinto? “Vou ouvir mais um música antes de entrar. Vou tomar um café na padaria. Vou olhar aquela vitrine. Depois eu entro. Vou…” E nesse estado de espírito, o despertador da consciência e pontualidade me acordava e eu entrava arrasada. Depois de poucos dias, eu admiti, “cometi um erro.” Mas na verdade, eu não tinha muita escolha. E com essa fé inabalável que estou procurando nesse momento, consegui algo que me deixasse mais realizada num estalar de dedos. Essa é uma das provas que a força do pensamento funciona na minha vida. Mas então, o que está acontecendo comigo? Por que escrevo um texto cheio de fé e energia num dia, e no dia seguinte, acordo com a sensação de rolo compressor de massa de gnocchi passando por cima da minha fé? Tenho doze horas. Doze horas para colocar em prática o que “O Segredo” me ensinou. Doze horas para olhar no espelho e lembrar o tamanho da minha fé. Meio-dia para sair dessa angústia  apesar da chuva que me impede de ver o sol e acaba com os planos de tirar o telescópio da caixa. Devo lembrar que o sol e as estrelas nunca irão embora. Eles ainda estão ali, do outro lado dessas nuvens choronas ora cinzentas, ora branquelas. Doze horas para transformar essa chuva triste em esquema de lavagem do céu, da cidade e da alma. Que 2012 devolva toda a coragem de acreditar que eu mereço ter.


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Resoluções de Ano Novo

É de praxe. Sei que não realizamos todas elas, mas qual seria o motivo de comemorar o ano novo sem perspectivas pela frente? Geralmente metade das resoluções permanece na caverna de Platão, mas não custa tentar, planejar, deixar pra trás o que foi ruim e levar para o ano novo aquilo que vale a pena. É válido fazer uma reflexão, pensar no que deve ser mudado e principalmente, onde cada indivíduo necessita evoluir, afinal, ainda acho que é para isso que fomos colocados no único planeta do Sistema Solar onde a vida é sustentável. Então vamos lá…

Foi um ano de grandes mudanças na minha vida. Emagreci muito no primeiro semestre e engordei tudo de novo. Claro que a culpa é toda minha, do stress e de todas as frustrações que enfrentei nesse segundo semestre. E foram muitas. Não foi legal. Mentira se eu disser que voltei para São Paulo e cheguei aqui saltitando de felicidade como um canguru que tomou ecstasy, mentira pura. Minha mudança resultou em milhares de dúvidas e inseguranças na minha cabecinha deturpada. Foi difícil me readaptar à São Paulo. A verdade é que eu cheguei aqui achando que estava voltando para o paraíso das coisas acessíveis e quebrei a cara. Em primeiro lugar, eu ainda mal tenho um quarto para dormir decentemente e a perspectiva de ter a minha casa foi pelo ralo por conta de questões financeiras. Essa foi a primeira frustração que tornou uma devoradora de maçãs em uma devoradora diária de Kit Kats e pronto, esforço de dezoito quilos perdidos foram fenestrados como uma bituca de cigarro (eu não fumo). Outra coisa que aconteceu foi acreditar que estava voltando para o paraíso das oportunidades de emprego e de certa forma, era verdade. Meu telefone não parava de tocar, o mercado educacional estava me disputando de forma acirrada… por uma miséria de salário. As contas aumentaram, cometi dezenas de erros e só em novembro eu tive uma oportunidade boa. Mas até aí, eu já estava bem gorda de novo. Tentei utilizar a esteira do saláo de ginástica do meu prédio diariamente, mas de novo, meu esforço foi por água abaixo. Enfim, abandonei a cidade que no fundo eu gostava muito, não consegui casar e ter meu apartamento, engordei como uma porca para o abate, não fiz o curso de reconhecimento do céu no Planetário do Ibirapuera que eu tanto queria, demorei para voltar a ser uma devoradora de livros da Livraria Cultura, não freqüentei o Starbucks diariamente. Ou seja, achar que morar em São Paulo será o paraíso é uma utopia que mesmo eu, paulistana desde sempre, não aprendi.

Mas eu tenho essa força otimista que de vez em quando surge do nada. Quando fico negativa, geralmente vou parar no fundo do poço, mas quando vejo a luz no fim do túnel, ninguém me segura. E é assim que eu vou começar 2012. Aquela papelada toda que foi pro lixo há alguns dias teve um impacto positivo em mim, e eu me sinto mais leve para sair correndo pelo ano novo, com mais força para perseguir os meus sonhos. E decidi que esse ano, ninguém me alcança e me atrasa nesse pega-pega. Já saí em disparada, ainda estou de férias, estou descansada e cheia de energia. E é em cada ano novo que renovamos a esperança de recomeçar do zero, se for preciso, para alcançarmos aquilo que desejamos. Então que venham todas as cores: o amarelo do dinheiro, o verde da esperança, o branco da paz, o azul da tranqüilidade, o rosa do amor, o laranja da das boas vibrações e todas as outras que compõem o pensamento positivo do ano novo. E como resolução pessoal, eu prometo a mim mesma colocar em prática tudo que diz o livro “O Segredo”. Amém!

Feliz Ano Novo, queridos leitores! (Se é que ainda tenho algum).


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As Horas

Ele não está aqui. E não adianta chorar porque ele não vai estar aqui até o ano que vem. Quem disse que isso nunca aconteceria comigo? Acontece com todas as mães solteiras ou separadas, por que eu achei que sairia ilesa? Todas as festas de fim de ano juntos, e de repente, ele não está mais. Ele descobriu que tem outra família, tem que viver outras coisas. E por mais que eu saiba que ele não me pertence, meu coração de mãe fica despedaçado. Como eu não percebi que um dia aconteceria? Sei que parece um drama, ele não foi embora, só foi viajar. Mas é a segunda vez na vida dele em que vai sem a minha companhia, ou a companhia dos meus pais. É estranho. “Não precisa ligar, ele está bem.” Eu sei que ele está bem. E quando liguei ontem, depois de ter passado horas com o coração apertado, esperando o avião pousar com segurança, ele diz, “Oi, cheguei. Preciso ir para a piscina, agora, mãe. Tchau.” E desligou o celular. Como um homem de negócios muito ocupado com o retângulo azul cheio de água no hotel, meu pequeno não podia me dar atenção. Só me resta esperar passar as horas e acreditar de olhos fechados que está tudo bem. Peguei algumas roupas, coloquei na mala para passar alguns dias na casa do meu noivo, assim eu me mantenho desligada do assunto. Tenho dormido no quarto dele (não por drama, mas por uma mera oportunidade de dormir numa cama de verdade, já que meu leito se tornou um desconfortável sofá-cama há cinco meses), mas é estranho. Todos os Lego-Technics montados na prateleira, a gaveta com as “engenhocas”, a TV e o DVD, a escrivaninha, os estojos, os lápis de cor. É tudo dele. E eu ali no meio, me sinto completamente orfã. Continuo disfarçando. “Vamos ao cinema? Vamos pra balada? Vamos fazer um programinha a dois?” Mães cansam durante o ano, às vezes passando meses pedindo um tempinho para namorar, para assistir um filme “chato”, para passar somente um dia sem ouvir seu filhote gritando “mãaaae, venha ver o que eu montei”, para ler um livro sem ser interrompida, e quando ele vai embora, a casa se torna um vazio silencioso e triste. Ontem eu chorei de angústia até receber notícias de que ele estava bem, em outro estado brasileiro. Parece tolice, mas continuo aqui, esperando as horas passarem. Fiquei triste, sem fome, sem vontade de fazer nada. Fiquei um dia perdida, deitada na cama, dormindo sem parar. Parece tudo exagero, eu sei, mas acho que poucas pessoas que não são mães entenderiam. Ele volta, eu sei. Em 2012. Está logo aí, eu sei… mas enquanto ele não volta, eu vou inventar mil desculpas para não ver as horas passarem…


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Sonhos

Eu sonho muito. Quando eu digo sonho, me refiro ao que acontece depois do instante em que apago a luz, deito e fecho os olhos. Meu cérebro não para de funcionar por pensamentos muitas vezes aparentemente inúteis e à noite meu subconsciente tece uma colcha de retalhos insana e passa como um filme em minha mente, que enxerga tudo distorcido enquanto alguém desliga meu estado de vigília. Eu consigo lembrar claramente de alguns sonhos. Tenho dificuldade de descrever alguns porque quando acordo, parecem mais um quebra cabeça de mil peças montado por uma criança de três anos.  Alguns temas se repetem e alguns fatos da vida real aparecem nos meus sonhos completamente distorcidos. Pessoas se misturam, trocam de papel, alguns traumas retornam como fantasmas. Alguns sonhos são megalomaníacos. Sonho com catástrofes, com fugas de tsunamis e algumas fobias que sofro. Sonho também com pessoas do passado, pessoas que já partiram, amigos que se afastaram e membros da família com os quais perdi contato. Às vezes sonho que volto para a escola, às vezes são pesadelos que remetem aos períodos de recuperação e ao fato ocorrido em 1994 quando fui reprovada no primeiro ano do Ensino Médio, por pura vagabundagem. Trauma? Acredito que não. É um mero arquivo. Sonho com perdas de pessoas que amo, que saio do meu corpo, vou até a janela do meu quarto e vôo para uma dimensão completamente diferente. Sonho que estou caindo de um prédio, saltando de pára-quedas na chuva, que consegui comprar meu tão sonhado apartamento, que estou caminhando numa estrada escura, sozinha, que estou fugindo de um assassino e preciso correr muito, que minha cachorra morreu, que meu filho sumiu, ou que estou numa sala cercada de centenas de baratas cascudas que vêm à minha direção. Sonho que meu avô aparece sorrindo na minha frente e me abraça (o meu favorito), sonho que meu noivo me deu um pé na bunda ou que o Brian May está tocando guitarra na minha frente, que estou devorando um monte de chocolate (e acordo morrendo de vontade). Sonho que entrei num avião com destino incerto e fui parar no Oriente Médio sozinha, no meio de uma cultura que me causa pânico, ou que fui visitar a Disney novamente. Sonho que caí no mar. O lugar onde estou nadando é muito fundo e tenho calafrios. Eu sei da onde veio esse sonho. Certa vez eu estava na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Naquela época, tinha aproximadamente sete anos de idade. A Barra é uma praia de tombo extremamente perigosa. Fui até a beira do mar buscar água num balde azul, que se soltou da minha mão e rapidamente foi parar num local muito fundo. Eu sempre morri de medo da Barra. De outras praias, não. Mas a Barra sempre me causou calafrios porque eu lembro que a água do mar “puxava” com muita facilidade. Vi um afogamento na Barra e era muito pequena. Um homem morreu ali, na nossa frente, acredito que foi um pouco traumático. Nesse dia em que perdi o balde, lembro de ter ficado na beira do mar e vê-lo se afastando até sumir e fiquei imaginando o que teria acontecido comigo se tivesse tentado nadar para alcançá-lo. Mais tarde, quando minha mãe perguntou, “cadê o balde azul?”, eu menti, disse, “não sei”, acreditando ter feito algo muito errado. Difícil entender o que se passou na minha cabeça infantil e por quê eu senti uma culpa tão grande por deixar o balde ir embora. Passei então a sonhar com uma certa freqüência, que estou em uma praia de tombo, na água, e não consigo voltar para a areia. Acredito que esse sonho, que se repete até hoje, tenha alguma ligação com o balde azul da Barra da Tijuca. Não sei. Pergunte ao Freud. Talvez ele explique.

É muita informação em um mesmo HD insano. Meu cérebro não tem limite. Quando acordo não consigo juntar as pecinhas desse quebra-cabeça e lembro de pedaços do sonho, como fotografias rasgadas ou textos inacabados. Lembro de palavras ao vento, pedaços de conversas, e nada faz sentido. E então me pergunto o que nos leva a passar 1/3 de nossas vidas (já que o dia tem vinte e quatro horas e teoricamente passamos oitos delas dormindo) num universo paralelo, numa realidade alternativa, acreditando no momento do sonho que aquilo é cem por cento real? Realmente, não há lógica alguma para a mente humana. E prefiro não ouvir explicação da psicologia. Prefiro deixar os sonhos onde eles realmente pertencem – a um universo surreal, muitas vezes inexplicável.


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Diversos Assuntos Ultrapolêmicos

Eu adoro. Adoro ver o circo pegar fogo e sentir o ambiente esquentando, e já que freqüento um ashram e sou mais zen do que qualquer monge budista, eu permaneço calma e fria durante discussões polêmicas. Mentira, eu entro dando coice, e vale lembrar que como uma boa descendente de italianos, a temperatura do meu sangue chega a muitos graus Celsius em abordagens de assuntos desse naipe.

Dizem que religião não se discute. Mas quanta hipocrisia, é lógico que esse tópico é um dos mais debatidos no mundo todo. Eu tenho a minha doutrina, sou espírita kardecista meia boca porque não freqüento centros e estou bem longe de me tornar o que julgam por aí sendo um “bom espírita”. Portanto, aproveito a deixa para botar a boca no trombone. Eu tento respeitar todas as religiões, mas infelizmente, imperfeita que sou, não consigo. Por exemplo. Eu acredito em Jesus Cristo. Eu acho que Jesus é o cara, afinal, não é qualquer um que pousa numa sociedade da Idade Antiga, época em que podemos denominar o ser humano como “puro ogro” e gritar, “Oi, eu sou o filho de Deus e vim aqui dizer que vocês têm que amar uns aos outros.” É, Jesus estava muito além do seu tempo. Quem é esse doido cabeludo que desceu aqui e veio falar de amor em tempos em que o barato era sujar tudo de sangue? Colocaram o cara na cruz. Claro. Não é qualquer um que diz coisas tão além do seu tempo em uma época primitiva. Acredito sim, que ele é o espírito mais iluminado de todos os tempos, e notem, tudo o que ele diz continua valendo dois mil anos depois. Não é qualquer um que mantém a reputação firme depois de tantos séculos. Tem que ter um coração puro de verdade. Mas calma… Falar que ele apareceu no meio da balada (enquanto você estava sob efeito de drogas) e disse, “pare com isso, meu filho”, aí já é demais. Sim, essa história é verídica (não o aparecimento, mas a alucinação). Eu tinha um aluno que saiu da putaria, resolveu largar as drogas, conheceu uma menina e teve um namoro “santo” (sem sexo, segundo ele) porque viu Jesus na balada. Pega leve, cara. Vale lembrar que Jesus, Deus ou qualquer outra figura presente na História ou nas doutrinas, tipo Maomé, Ala, Buddha, não está nem um pingo preocupado qual é a sua religião. Voltando àquela época, não existia essa coisa inventada pelos homens. Sério, ninguém estava preocupado e duvido que ainda estejam. Abanariam a cabeça e fariam “tsc tsc” se vissem pessoas degladiando-se por isso em pleno século 21. E claro, quase esqueci dos ateus, vistos como verdadeiros demônios pelos fanáticos religiosos. Se tem algo que cabe nos direitos humanos no quesito “religião” é não acreditar em nada. Mas para os fanáticos, os ateus são a corja da sociedade. E  são do mal. Geralmente potenciais assassinos frios e que não dão valor à vida. Conheço ateus de bom coração e jamais tentei catequizá-los, pois eu acredito não possuir direito nenhum de controle do pensamento alheio. Portanto, se cada um ficasse na sua, a coisa fluiria sem maiores conflitos. Cada um tem o direito de acreditar (ou não) no que bem entender.

Dentre outros assuntos polêmicos estão a liberação da maconha para fins medicinais, prostituição, aborto e pena de morte. São assuntos convidativos para reunir uma turma de adolescentes numa aula de Moral e Cívica (isso ainda existe) e lançar a famigerada pergunta, “Você é a favor ou contra?” E daí nascer milhares de discussões a respeito do tema. Então vamos lá: a maconha. Liberar a maconha pode implicar na liberação posterior de outras drogas hoje consideradas ilícitas e fazer com que a coisa fuja do controle. Fico um pouco impressionada porque um dos poucos políticos que admiro (FHC) defende a liberação da maconha por vários motivos. Eu não concordo, acho que sou caretona demais, ou simplesmente porque já basta ter que fumar a maconha do vizinho por tabela ou cigarro normal no ponto de ônibus, mas passar a ficar doidona a caminho do trabalho porque fumei maconha por tabela liberada por algum política superzen, aí já é demais. Eu gosto mesmo do FHC. Mas a maconha, eu dispenso.

Imagina se a maconha é liberada e a mulherada começa a fumar maconha na gravidez… Os estudos a respeito do consumo de maconha durante a gravidez são inconclusivos, o que significa que é melhor não abusar. Mas sempre vai ter a candidata à mãe que vai dizer, “enquanto os estudos forem inconclusivos, está liberado.” Pronto. Nascem pequenos indivíduos banguelas viciadinhos em canabis sativa. Bonito. Isso se a mãe em questão não resolver interromper a gravidez nas primeiras semanas. Sou contra, pronto, falei. Sou mesmo. Não julgo quem já tenha feito, mas não vejo a diferença de impedir um coração de continuar batendo dentro ou fora do útero. Acho triste. Mas cada um sabe onde dói, e portanto não julgo, nunca abortei, mas já senti na pele a sensação de descobrir uma gravidez inesperada e somente quem passou por isso sabe o tamanho do desespero.

E claro, tem a prostituição. Defendida por uma maioria masculina (inclusive talvez pelo Papa Nada Bento XVI  – figura diabólica que subiu do inferno direto para o Vaticano e condenou o uso da camisinha nos tempos de AIDS – Papa Anta), a prostituição é um lixo. Acho mesmo. Conheço homens casados que recorrem à prostituição com a maior cara de pau do Universo. E para piorar, há pessoas na mídia que são vangloriadas por serem ex-putas. E não me venha com babaquices, dizendo que ser “prostituta” é profissão que deveria ser regulamentada com carteira assinada, férias e décimo terceiro, por favor. As prostitutas são macrobactérias da sociedade que deveriam ter sido extintas há séculos. Eu sei que você está pensando. Você está pensando que é pura utopia da minha parte acreditar que tão antiga profissão vai se extinguir só porque eu quero. Eu sei que não vai. E talvez  eu não me irritasse tanto se conhecesse mulheres que são traídas pelos respectivos com prostitutas. E então, a sociedade venera “celebridades” (?) como por exemplo, a tal da Bruna Surfistinha, ou melhor, Raquel, que teve a cara de pau de largar um dos colégios mais caros de São Paulo, fugir de casa, virar puta, escrever um livro a respeito, ganhar um filme, respeito e fama. Ah, sociedade… Me poupe.


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Era TPM.

Tem gente que pensa que TPM é frescura. Então eu vou informar algo que toda a população necessita compreender: TPM é algo sério que pode levar à morte (de quem mexer com a mulher que estiver sofrendo dela). Brincar com uma mulher com TPM é altamente perigoso e de acordo com a lei, se uma mulher cometer um homicídio e conseguir provar que a culpa foi da TPM, tem grandes chances de ser absolvida. Portanto, cuidado. Na dúvida, ofereça um Kit Kat. É mais seguro.

Mas tem algo que eu ainda não compreendi. Será que sou a única pessoa nesse mundo que sofre de TDM (Tensão Durante Menstruação)? Porque absorventes, OBs, cólicas me irritam mais do que a tensão (aparentemente “sem motivo”) que me ataca na TPM. Se precisar escolher um período para me oferecer um Kit Kat tamanho GG, por favor, escolha a TDM. Não que eu consiga manter um nível de controle superior a um monge budista na TPM. Pelo contrário. Acho que o número de “puta que o parius” mensais saem da minha boca santa principalmente durante a TPM. Mas se tem algo que me irrita profundamente é tentar compreender porque Deus fez isso conosco. E eu não consigo evitar. Eu passo os períodos de cólica intensos nos quais eu fico bem parecida com uma yogue meia boca me contorcendo no chão do quarto e não permitindo que o coitado do digníssimo do meu noivo durma (se ele der azar de estar comigo nesse momento) durante a segunda noite de TDM. Eu levanto, ando pela casa, bebo Coca Zero, tento ler um livro, arremesso o livro na parede, rosno e vou à caça do chocolate nessas noites malditas. E para o azar de todos, eu passei o Natal assim. Mesmo assim, minhas cunhadas e sogra supercompreensivas resolveram fazer uma chá de canela para eu enfrentar o contorcionismo. E para a minha surpresa, caiu como uma luva. Agora eu já sei o que fazer quando estiver de TPM ou TDM e começar a pensar que Deus realmente sacaneou o público feminino (de todas as espécies, porque a minha cachorra também tinha cólicas durante o cio quando ainda tinha um útero. Coitadinha). Quanto à necessidade de passar por isso, fica a pergunta no ar. Por que? Pra que? Quase tudo que Deus criou é perfeito, mas a menstruação é uma daqueles itens desnecessários e dispensáveis na criação humana. Poderia ser substituída por superpoderes de eliminação imediata da celulite (outra invenção divina dispensável), lipoaspiração por força de pensamento e transformação de banha abdominal em músculos. Alguma outra sugestão?


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Tire as suas unhas do Facebook! Por favor.

Estou com medo de começar esse texto. Mas algumas coisas precisam ser ditas, por bem ou por mal. Acho que essa vai ser por mal e talvez eu perca uma tonelada de amigas depois dessa. Mas vou falar o que penso, afinal, quem avisa amiga é. E também, posso até perder a amiga… mas não a piada. Cada pessoa tem suas futilidades e idiotices, eu sei que eu também tenho as minhas, mas vamos lá: tirar foto da mãozinha recém-pintada segurando o esmalte Colorama “Papai Noel Verde Vermelho Vivo” e publicar no Facebook, não é bonito. Pode até ser perdoável se você tem idade para ler “Capricho”. Mas geralmente não é o caso. E pra ser sincera, eu prefiro um branquinho ou rosinha clarinho básico. Já tentei usar esmalte escuro e colorido, mas não adianta. Fica lindo por dez minutos na minha mão. E depois, eu começo a evitar olhar para as unhas Vermelho Estrela Mulher Maravilha e penso que se eu quiser colocar uma blusinha rosa, não vai combinar com o vermelho, e aí, pronto, já enjoei do esmaltinho fofo. Talvez porque eu seja pequena demais, então aquela coisa ensangüentada é demais para minha mão de criança. Então volto para o banheiro e gasto um litro de acetona tentando remover aquela porcaria que passei nas minhas unhas. Mas a quantidade de removedor de esmalte necessária para dar chá de sumiço naquilo é tão grande que eu começo a ficar meio doida e imaginar que elefantes cor-de-rosa em miniatura vão sair do frasquinho de Acetona Zulu, e aliás, eu deveria mesmo ter escolhido o esmalte rosa. Ou nada. Pensando bem, deveria ter parado na remoção da cutícula mesmo. E enquanto eu tento remover o esmalte vermelho semi-seco, tudo na minha mão e no banheiro começa a ficar melecado. Ao concluir a operação, a pia branquinha do banheiro está toda manchada e parece que alguém tentou cortar os pulsos com uma faca cega ali. Ou tentou assassinar alguém, mas a vítima acabou fugindo e o suspeito não teve paciência de remover todo o sanguinho que sobrou da cena do crime. Quando havia terminado de remover a cutícula, minha mão estava tão bonitinha… E mesmo sem nada, minhas unhas ficaram lixadas, bonitas e sem cutícula. Então da próxima vez que eu lixar as minhas unhas, remover cutícula, vou segurar um frasco de esmalte vazio, pegar o celular com a outra, tirar uma foto, publicar no Facebook e escrever: “Colorama Al Natural”.

(Clique aqui para ler o post anterior sobre o relato da minha experiência numa arena de Paintball).


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O Papa levou um tiro a queima-roupa de bolinha de tinta.

E eu também. Entrar em um campo de batalha de guerra de tinta devidamente armada, utilizando um macacão de camuflagem, um colete a prova de balas e uma máscara que cobre o rosto inteiro que faz com que você se sinta o Darth Vader transparente, faz você se perguntar se vai sair dali com algum trauma pós-guerra, igual ao seu bisavô. Mas antes de escavar a trincheira, você recebeu as instruções do sargento: “Sob nenhuma circunstância, retire a máscara no campo de batalha, Soldado! Você pode sair daí caolho! Compreendeu, Soldado Burro?” Compreendi, sargento. E compreendi também que apesar de não ser exatamente uma Barbie que passa o dia de salto como uma lady, essa brincadeira não é para mim. Mas vamos em frente. É lógico que eu fui me abrigar atrás do meu amor, achando que iria encontrar algum tipo de proteção ali. Ledo engano. Ele estava jogando por si só. E ele era do meu time! Aguentei ficar na arena com clima de Segunda Guerra Mundial Colorida durante meros dez minutos. Trabalho todos os dias de tênis, conforme expliquei, estou longe de ser um daqueles exemplares de mulheres com capacidade feminina de sobra para ficar no salto o dia inteiro sorrindo, sem fazer careta. Mas também não sou macho o suficiente para levar quinhentos tiros de bolinha de tinta. Eu vou pra balada de vestidinho e amo maquiagem. Eu pensei que a bala de tinta, ou paintball, atingisse o alvo suavemente e fizesse movimentos fofos em câmera lenta, deixando a vítima colorida. Como Pôneis Malditos. Tudo errado. Elas vêm de todas as direções e desconfiei que tinha truta até da minha pátria atirando em mim. A sensação é de levar um peteleco do demônio. Vários petelecos. E conforme você respira, a máscara de Darth Vader Transparente do inferno embaça, causando claustrofobia e pânico. Você quer tirar tudo aquilo desesperadamente, mas então, a voz e a imagem do Sargento vêm a sua mente e você vê a cara fechada e ouve claramente a frase cuspida, “VOCÊ QUER FICAR CAOLHO, RECRUTA?”, e como se estivesse no Iraque ou Vietnã vê uma imagem do Darwin barbudo e lembra que sua missão biológica é somente preservar e perpetuar a espécie, então prefere deixar a máscara na cara e morrer de pânico por claustrofobia, se for o caso, a passar o resto da vida cantando, “eu sou o pirata da perna de pau, do olho de vidro e cara de mau” (os mais adaptados sobrevivem, lembrou, Charles Darwin?) Mas é claro que antes que eu pudesse terminar esse pensamento, levei um tiro na cara, tornando o Darth Vader transparente em Darth Vader laranja. E quanto mais eu tentava limpar, aquela areia movediça interior piorava. A sensação é de pânico por afogamento. Além de ficar com a visão completamente laranja, baixei a guarda e levei peteleco do tinhoso no braço, joelho e quadril.

Meu GAME OVER veio logo. Como um soldado rendido – e nada macho – levantei a mão em sinal de derrota, abaixei a metralhadora e saí pelo cantinho da arena com o rabinho entre as pernas. Nem deu tempo de fazer uma trincheira. E nem tampouco de sofrer exposição suficiente que resultasse em trauma pós-guerra. Saí da arena, tirei o macacão, analisei todas as marcas roxas provocadas pelos tiros levados, e como uma lady, enchi os pulmões e declarei: “Nunca mais jogo essa porra.”


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Organizada, o cacete.

Eu sou a pessoa mais bagunceira que conheço. Sei que as pessoas que moram ou convivem intensamente comigo ficam muito estressadas com isso. Mas tenho altos e baixos. Nos últimos meses em  que morei em Botucatu, me encontrava num estado de espírito extremamente organizado. E magra. Eu estava tão organizada e magra que tinha controle absoluto do que acontecia na minha conta bancária e cartões de créditos. Como isso aconteceu? 1) Fiz dieta. 2) Um dia acordei por volta das três horas da manhã e comecei a olhar pro teto. Pratiquei o ritual “vira para um lado, vira para o outro e continua ligada no 220 v”. Nada adiantava. Até que resolvi levantar, ir à cozinha, beber água, passar na lavanderia, pegar dois sacos de lixo e voltar para o quarto. Peguei todos os papéis, pastas, correspondências não abertas e espalhei no chão, sem medo de que aquela papelada toda ganhasse vida e me atacasse. Como uma verdadeira gladiadora de papéis, organizei tudo, dominei todos, liguei o computador na calada da noite, fiz cálculos no Excel e deixei tudo “dentro dos conformes”. Incrível como as coisas começaram a fluir na minha vida depois desse dia. Desde quando voltei para São Paulo, no começo do segundo semestre, não tive a menor paciência ou energia de organizar meus papeis, mesmo porque a minha vida profissional e pessoal andou bastante desorganizada. Voltei pra terra da garoa, ou melhor, terra do congestionamento e stress, numa decisão repentina e um pouco mal pensada, o que deixou minha vida flutuando por um tempo até que eu encontrasse um emprego fixo, um porto seguro. Mas hoje é dia 22 de dezembro, estou de férias e portanto, sem mais um pingo de desculpa para postergar a batalha contra os papeis. Então hoje eu a fiz. É incrível como meu quarto ficou um pouquinho mais leve. É bom jogar papeis no lixo. É bom desprender-se do pensamento, “ah, um dia eu vou ler esse panfleto sobre a história das borboletas da Malásia”, que está lá no meio da bagunça há cinco meses e você só pegou uma única vez para anotar o número de protocolo da ligação que fez para a TIM (que também nunca serviu para nada). Joguei coisas estranhas no lixo, por exemplo, minha agenda de 2011 (“mas o ano nem acab…”) Well, Game Over. Acabou sim, agora é só palhaçada e comilança. É incrível como a atmosfera do meu cafofo tornou-se mais leve sem tanta papelada. Talvez eu devesse praticar esse ato de caridade comigo mesma todo mês. É engraçada a sensação que tenho ao final de todo ano. Dois mil e onze chegou ao fim… cansei dele. É sempre assim. Ficou velho, cansativo. Quero um novo ano. É como um caderno novo. Adoro cadernos novos. Tem cheiro de material escolar novo, lembra tempos de escola. Você o abre pela primeira vez e pega uma caneta novinha e cheia de tinta para começar uma história nova, numa folha pautada branquinha. Pode até deixar o caderno velho na gaveta e nunca mais usá-lo. Pode até gostar do caderno velho, mas esse é novo. Você ainda não cometeu erros nesse caderno, sendo assim, tem a oportunidade de escrever nele uma história novinha, do jeito que você quiser. Sei que fazemos milhares de promessas para o ano seguinte, mas no entanto, cumprimos só algumas delas. Às vezes, nenhuma. Porém, temos sonhos para o ano que vem, também. E vemos essa “virada” como uma oportunidade de realizar os sonhos que não conseguimos realizar no ano velho. E também inventamos outros sonhos. E da mesma forma como começamos um caderno novo, escrevemos e desenhamos a nossa história do ano novo em nossas mentes. Sabemos que teremos altos e baixos, mas precisamos manter o foco nos altos, e esperar que assim seja, sempre, pois a esperança é a locomotiva da vida. Afinal, de onde surgem forças para seguir em frente nos momentos em que a vida nem é tão gentil assim? É da esperança.

Agora estou sentada no chão do meu quarto arrumadinho, com o laptop no colo, esperando o momento de sair para jogar… paintball. Mas eu estou morrendo de dor de cabeça, vontade de tomar sorvete e TPM, o que são desculpas plausíveis para não me juntar a uma turma de adultos determinados a voltar à infância por sessenta minutos, distribuir tiros de bola de tinta e sair com a bunda, a coxa e talvez o olho roxos da arena de paintball. Para piorar, eu vou ter que colocar uma roupa protetora nesse calor aconchegante… Sabe… eu preferia o Häagen-Dazs. Mas vamos lá… Talvez eu chegue à arena e amarele. O que não anula meu bravo espírito corajoso. Se eu retornar aqui amanhã, contando que amarelei, lembrem-se: eu já saltei de pára-quedas seis vezes.


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Brian May, my legend

Totalmente desprovida de conhecimento profundo relacionado ao Queen, assisti ao “Tributo ao Freddie Mercury” em 2004 gravado em Wembley em 1992 após a morte do gênio da voz e perguntei: “Quem é o cabeludo na guitarra?” “É o Brian May. Ele é astrônomo.” “Nossa… então é esse o cara que faz aqueles solos fantásticos das músicas do Queen?” “Isso.” “E ele é astrônomo?” “Na verdade, doutor em astronomia.” “Gênio.”

Nasceu então, um ritual de veneração. Numa época já tardia, notei a existência do Brian May. Mal sabia eu a conseqüência de admirar assim um músico, quando você já passou dos 30. Eu tomei um susto quando percebi as estranhas coincidências entre eu e o Brian, que inclui coisas tolas como “somos ambos filhos únicos” a “eu colava estrelas no teto do meu quarto e fingia que estava viajando pelo espaço.” Fizemos isso num intervalo de quase 30 anos de diferença. O Brian é 30 anos e uns 11 meses mais velho que eu. Mas não importa nossa diferença de idade, o legendário guitarrista do Queen trata meus e-mails com todo respeito, como verão, o que conseqüentemente me faz admirá-lo ainda mais.

A maioria de vocês sabem que sou uma astrônoma/astronauta frustrada. Eu acreditei com uma fé pura infantil a partir dos seis anos de idade que eu seria astronauta. Nunca me jogaram um balde de gelo avisando que provavelmente eu jamais atingiria um dos pré-requisitos para exercer tão cobiçada profissão: ter 1,70m, por exemplo. Mas a gente cresce e aprende sozinha. Partindo do princípio que jamais entraria para a astronáutica (ainda mais num país como o Brasil), resolvi aos 12 anos que faria faculdade de astronomia. Mas nunca me dei tão bem com a tal da física e da matemática e acabei desistindo do sonho. Mas eu ganhei o telescópio em 2007 e acidentalmente tomei conhecimento que aquele cabeludo do Queen era doutor na bela ciência das estrelas. Então, ele passou de um guitarrista de uma banda notável da história do rock para “exemplo” na velocidade da luz. Entrei no site oficial do Queen e descobri que ele tinha um blog. E no blog, ele avisa que responde PESSOALMENTE às mensagens enviadas conforme a sua disponibilidade de tempo. Em 2009, comecei a arriscar algumas mensagens a respeito de variados assuntos. Um dia resolvi enviar a foto que tirei da lua crescente através do meu telescópio. Não imaginei que essas mensagens teriam retorno algum, mas em um dia frio de julho de 2009, acordei de muito cedo (morava em Botucatu) e resolvi navegar na Internet em busca de algo que me deixasse extremamente entediada e me devolvesse o cansaço e os olhos pesados, mas ao invés disso, meu coração disparou e eu fiquei gelada quando vi que havia pintado na minha caixa postal, não somente uma, mas DUAS respostas de e-mails do Brian. Talvez eu seja somente uma fã que insiste em ter atenção dele, mas desde julho de 2009 até a data de ontem (quando fiquei gelada mais um vez ao ver o nome do Brian May na minha caixa postal), foram onze e-mails respondidos a respeito de diversos assuntos, a maioria deles envolvendo proteção animal, acreditem se quiser. A Lenda da Guitarra Feita Em Casa é um eterno defensor dos bichinhos, fato que só aumenta pontos no quesito “motivos para admirar um ser humano”. Além disso, ele é extremamente gentil e educado. Claro que eu encho a boca e brinco dizendo “Brian May é meu amigo”, mas o fato é que não consigo expressar em palavras o quanto me sinto extremamente lisonjeada e feliz por ter e-mails respondidos por uma das poucas pessoas que acredito valer a pena admirar nesse mundo, não somente pelo seu trabalho no Queen, mas acima de tudo, pelo seu caráter e humildade. E mais uma vez, ele publicou minha mensagem no blog dele.

I love you, Brian Harold May.

http://www.brianmay.com/brian/letters/letters.html